Base de données - cartographie de la recherche en éducation à Guiné-Bissau de 1975 à 2015
Base de données - cartographie de la recherche en éducation à Guiné-Bissau de 1975 à 2015
Les documents disponibles dans cette base sont ceux mappés dans l’article Silva, Rui da, & Joana Oliveira. 2017. "40 years of educational research in Guinea-Bissau: Mapping the terrain." International Journal of Educational Development 57:21-29. doi: https://doi.org/10.1016/j.ijedudev.2017.09.003
Não aplicável
Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral
A tese de Doutoramento intitulada O ensino da escrita em português Língua Segunda – conceções e práticas dos professores do ensino secundário da Guiné-Bissau tem por objetivos i) identificar as conceções dos professores sobre a disciplina de português; ii) caracterizar as conceções que os professores de português possuem em relação ao ensino da escrita; iii) caracterizar as práticas de escrita na aula de português; iv) identificar o espaço da escrita nas aulas de português; e v) identificar relações de congruência e ou dissonância entre as conceções e as práticas de ensino da escrita. Para a prossecução destes objetivos, optou-se por organizar a investigação em dois estudos. No estudo 1, através do inquérito por questionário, procurou-se identificar as conceções que os professores guineenses têm sobre o ensino da escrita. No segundo estudo, através da observação de aulas e da análise de sumários de aulas de português, pretendeu-se dar conta do trabalho pedagógico efetuado pelo professor na aula de português relativamente ao ensino da escrita. Os resultados do primeiro estudo mostraram que para a maioria dos inquiridos a aula de português vincula-se em práticas de oralidade e de leitura, subvalorizando-se o espaço dado ao ensino da escrita. A escrita é definida como expressão de sentimentos e ideias e a redação a atividade mais valorizada para a aprendizagem da competência da escrita. Os saberes linguísticos e a relevância dada à normatividade da língua são aspetos considerados fundamentais para a maioria dos docentes. As dificuldades sentidas para ensinar a escrever estão associadas aos constrangimentos decorrentes das turmas numerosas e aos impedimentos decorrentes da falta de competências linguísticas dos alunos ao nível da língua portuguesa e da influência da língua materna. Os resultados do segundo estudo revelam um cenário de aulas caracterizado pelo trabalho à volta do domínio da gramática e da leitura. O ensino da escrita não se instaura como objeto de ensino. As práticas de escrita concretizam objetivos instrumentais, modalidade para atividade de avaliação de saberes e registo de conteúdos e tarefas. A conclusão mais evidente nesta investigação é que os docentes guineenses apresentam lacunas evidentes relativamente aos saberes constitutivos de uma didática da escrita em língua segunda. Neste sentido se aponta como necessário efetuar um investimento académico nestes professores, proporcionando oportunidades formativas de desenvolvimento profissional, de modo a provocar mudanças nas suas conceções e práticas de ensino da escrita, e atitudes que conduzam a uma melhoria na aprendizagem dos alunos deste contexto africano.
Bibioteca da Faculdade de Letras, Universidade do Porto.
O presente trabalho investiga sobre a situação atual da formação de professores de Ciências Naturais na República da Guiné-Bissau (RGB). Além disso, busca identificar as influências da proposta coordenada por Demétrio Delizoicov Neto e José André Peres Angotti no final da década de 1970, a qual estava fundamentada nas ideias de Paulo Freire, no currículo e nas práticas vigentes. Em um primeiro momento, mostra-se a motivação da viagem a este país durante as férias letivas do verão de 2014, assim como um breve relato sobre o panorama social, histórico e geográfico bem como da sua cultura pluriétnica. Os dados desta pesquisa qualitativa foram compilados e analisados por meio de um Estudo de Caso, sendo constituídos do Projeto Político Pedagógico da Escola Betel-Cacine, de observações da sala de aula, de entrevistas realizadas nesta instituição de ensino e dos documentos oficiais referentes ao ensino de Ciências Naturais da RGB. Desta forma, identificou-se que os documentos oficiais norteadores do ensino de Ciências Naturais contemplam as perspectivas educacionais da proposta analisada. Devido à carência de professores da área, assim como da possibilidade de atuar como docente sem a formação teórica e prática que proporcione ao professor estruturar suas aulas com uma abordagem problematizadora, as rotinas de sala de aula analisadas não correspondem às expectativas da concepção freireana.
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/102691?locale-attribute=es&locale=pt_BR
Não aplicável
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa - Centro de Documentação
Não aplicável
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa - Centro de Documentação
Apesar de algumas ações de reformas que tem a ver com a inovação de práticas pedagógicas e ajustes de currículo à realidade sociocultural do país a educação guineense não pode ser considerado um modelo adequado de formação, pois o aluno guineense se depara com uma realidade de ensino-aprendizagem diferente da que será exigida na prática profissional. O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o fraco desempenho e as dificuldades de adaptação a vida académica enfrentado pelos estudantes do ensino superior na Guiné-Bissau. Como metodologia foi utilizando o levantamento bibliográfico e entrevistas para coletar dados com seis alunos e quatro professores do ensino superior, possibilitando uma pesquisa exploratório com análise qualitativa. Os dados apontaram que os estudantes não têm hábito de leitura e de produção argumentativa, sendo que eles não dominam a língua oficial. O fracasso do sistema geral de ensino é apontado pelos docentes como o responsável pelo fraco desempenho dos estudantes do ensino superior.
http://www.semar.edu.br/revista/downloads/edicao7/artigo2_OfracoDesempenhodosEstudantesnoEnsinoSuperior.pdf
Nesta dissertação de tese realizamos uma pesquisa de natureza aplicada que busca interpretar o lugar ocupado pelo Português e suas relações com as outras línguas maternas usadas no contexto escolar da Guiné-Bissau. Além dessas línguas maternas, avalizamos as relações existentes entre o Português Língua oficial e as línguas estrangeiras (L.E.), como o Francês e o Inglês, de ensino restrito às escolas nacionais. Sendo este um estudo aplicado individual, o cenário da pesquisa não poderia' ser o país todo. Por isso, foi escolhida a Escola Normal Superior Tchico Té e suas salas de aula enquanto microcosmo institucional da situação lingüística do país. Para a coleta de dados, utilizamos gravações de aulas, gravações de entrevistas com alunos, professores e pessoal administrativo da escola estudada, além de questionários especificamente elaborados para esta pesquisa. Essa coleta resultou em cinco entrevistas, sete gravações com alunos do segundo ano do curso do Português, quatro entrevistas e seis gravações com alunos de " terceiro ano do curso acima referido, além de muitas anotações de campo a partir de observações das aulas visitadas. Durante o nosso levantamento de dados na Guiné-Bissau, detectamos que o uso do Português é muito restrito nesse país. Somente o Português é falado e ensinado formalmente nas escolas, utilizado nas reuniões formais, locais de serviço, na rádio e na televisão. A maioria esmagadora dos guineenses não é falante do Português e sim do Crioulo, falado amplamente no país em situações informais. Embora o percentual de falantes de Português seja restrito a menos do que um quarto da população, é importante destacar que essa é a língua de trabalho, estudo.e organização política da elite com mais poder dentro da nação
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/269710
Este trabalho tem por objetivo indicar o lugar das línguas maternas na atual educação da Guiné-Bissau, dada a realidade monolíngue do ensino por meio do idioma oficial do país, distante da maioria da população. Através de pesquisa bibliográfica e documental os principais dados puderam ser levantados a fim de classificar o contexto escolar como um espaço multilíngue. A diversidade linguística e cultural são marcas facilmente perceptíveis a todos que chegam ao país; lá se encontram diferentes grupos étnicos e migrantes oriundos de vários países africanos. O espaço escolar reflete esta diversidade da sociedade, e por esta razão, em uma mesma sala de aula, é possível encontrar estudantes falantes de todas as línguas que compõem o quadro linguístico da sua região. Os alunos das referidas escolas podem ser monolíngues, em qualquer das línguas do país, bilíngues, com qualquer combinação de línguas, ou até mesmo plurilíngues. Refletindo sobre as questões levantadas neste trabalho e à luz das concepções de Letramento, é indicado abrir o espaço escolar para as línguas maternas encerrando o ensino monolíngue na Língua Portuguesa.
http://bdm.unb.br/handle/10483/8390
Este estudo tem como objeto analisar o processo de expansão da educação básica em Guiné-Bissau, entre 1990 e 2010, e se inclui na Linha de Pesquisa “História, Políticas e Educação”, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Campo Grande. Essa realidade, porém, ainda está longe de ser um fato na Guiné-Bissau, ex-colônia portuguesa do século XV a século XX, localizada na costa ocidental da África, e que em pleno século XXI ainda apresenta índice elevado de analfabetismo (63% da população de 15 anos ou mais). Frente a este quadro, objetiva-se neste estudo apreender como se deu o processo de expansão da educação básica entre 1990 e 2010, décadas que marcaram as Conferências Mundiais sobre a Educação, para compreender como tem se dado a efetivação do direito ao ensino básico no país, em seu entrelaçamento com as condições internacionais impostas ao país, a partir dos anos 1980; bem como examinar os principais desafios impostos a esse processo, e ainda presentes na primeira década do século XXI. Para isso, procura-se discutir e/ou entender, antes, essa questão na perspectiva histórica do contexto mundial, em particular, da sociedade capitalista, partindo da análise geral para a singular. Como procedimentos metodológicos foi utilizada a análise documental, junto com o exame dos dados bibliográficos (artigos, dissertações e teses, entre outros relacionados à temática), para nos inteirar e entender tal situação neste país. Por meio desse estudo evidencia-se que a presença dos colonizadores ocidentais, do imperialismo português na África, em especial, em Guiné-Bissau, até os anos 1970, mudou o cenário social e cultural do povo guineense, além do descaso com a educação (na época, dando o mínimo de ensinamento a um pequeno número de pessoas, nos centros urbanos). Já com a independência da Guiné-Bissau, o estudo evidenciou que os problemas anteriores persistiram, e embora o governo tenha procurado combater os problemas educacionais, a desigualdade de acesso educacional entre os gêneros e a falta de cobertura do governo no sistema de ensino da educação básica, principalmente nas regiões rurais, persistiu. Apesar de ter havido progresso significativo nas matrículas, ao longo dos anos, continua alta a evasão escolar, bem como a precariedade na estrutura física e no próprio sistema do ensino, com péssimas condições de trabalho para os profissionais da área (baixos salários e ainda pagos em atraso). Além disso, o país depende do financiamento internacional, por exemplo, do Banco Mundial (BM), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para implementar a atividade educativa governamental, que condicionou, desde os anos 1987, as possibilidades históricas do avanço da expansão do ensino básico, bem como as condições em que ele se daria, ao vincular os financiamentos com a redução do gastos públicos, incluindo a educação; com o aumento das parcerias entre Estado e diversas organizações, que se envolveriam na expansão da escolarização; e a diminuição de salários e investimento em infraestrutura educacional.
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Em contextos plurilingues e pluriculturais, questionar-se-á sobre a importância da língua ou línguas que um determinado professor ensina, quer em comparação com as concorrentes no mesmo espaço linguístico, quer em relação com as atitudes e posturas dos seus falantes. Neste quadro requer-se, da parte do professor, determinadas exigências e níveis de abstracção linguística ou de performance, capazes de conduzirem a determinadas destrezas ao abordar o outro ou ao ser-se abordado, em diferentes contextos e situações de comunicação, consoante os níveis culturais dos falantes e consoante também, as especificidades linguísticas e culturais de cada um desses falantes. Visto nesta óptica a formação multicultural e linguística do professor, será de importância capital. No caso concreto da Guiné-Bissau, em que os curricula escolares não consideram importante este pormenor na formação linguística do professor, incidindo apenas na pedagogia e didáctica de uma ou duas línguas em que um determinado professor é formado, deixa-se o resto para a perspicácia individual do formando. Assim sendo, dificilmente um professor poderá enfrentar a realidade como seria desejável, acabando por interferir na aprendizagem dos alunos. Consequentemente, os aprendentes nunca conseguirão utilizar todas as potencialidades, quer no âmbito de comparações e relacionamentos entre línguas, quer noutros âmbitos, de que as próprias línguas são detentoras.
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